Se não fossem os filmes, reportagens e fotos publicadas em livros que vieram parar no Brasil, será que existiria Hip Hop aqui? A mídia assim como distorce muita coisa, também é papel fundamental pro crescimento da cultura, através de uma foto, um simples registro de uma cypher, de um graffiti, pode levar alguém a se perguntar 'oque é isso? porque eles fazem isso?' meu caro, isso é HIP HOP! Vem que eu te mostro...
Na década de 70, 80, Martha Cooper que na época já havia estagiado na National Geographic Magazine, começou a trabalhar na New York Post, onde no caminho de casa fazia fotos da vizinhança pobre que encontrava, geralmente crianças, até que conheceu um guri chamado Edwin, que levou Martha pra ver as 'pixações' que tinham no seu bairro, ela seguiu registrando as marcações até que o menino propôs que ela conhecesse o mais 'all city' da época.
Dondi, depois de muita resistência, levou Martha pro rolê nos trens, a proposta era que ela registrasse toda a ação enquanto Dondi pintava, ele ensinou como entrar no pátio, quais eram os caminhos e como procedia toda a ação. A partir do graffiti, Martha Cooper se apaixonou pela cena, e segue registrando rolês até os dias de hoje.
Se vc já ouviu falar em Hip Hop Files, Subway Art, é a prova de que os registros fazem também parte da nossa cultura, são eles que podem espalhar o proceder de uma city, de um país.
Valorize os registros da cultura, é história, é a nossa história.
Obrigado, Martha Cooper!
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